Alinhada à Política Nacional de Resíduos Sólidos, a Whirlpool se comprometeu com o desafio de zerar o envio de resíduos industriais para aterros até dezembro de 2014.
A Whirlpool alcançou o desafio que havia lançado em 2011 e zerou o volume de resíduos industriais enviados para aterro em 2014. O sucesso das iniciativas para alcançar esse resultado estimulou a Companhia, que estabeleceu nova meta para 2015 de zerar a destinação de resíduos não-industriais para aterros.
Para alcançar esse objetivo e, assim, minimizar um dos impactos ambientais do negócio, a Companhia vem trabalhando arduamente desde 2011, com empenho da liderança, conscientização e mudança de comportamento de colaboradores, engajamento de fornecedores, desenvolvimento de oportunidades de negócio junto a parceiros externos, além de investimento em novos processos, tecnologias e materiais.
Um exemplo prático do resultado dessas iniciativas é o reaproveitamento da Espuma de poliuretano - usada para revestir o interior de refrigeradores e freezers -, que a partir de 2013, na fábrica de Joinville, deixou de ser descartada e passou a ser reaproveitada por outras indústrias nos processos produtivos de cadeiras, carteiras escolares, esquadrias e molduras de portas e janelas, além da cogeração de energia.
Iniciativas como essa foram desenvolvidas em toda a operação, em um grande esforço de engajamento, dada a dimensão do negócio e, portanto, de grande valor positivo na redução do impacto ambiental: juntas, as unidades São Paulo, Manaus, Joinville e Rio Claro empregam quase 16 mil pessoas, têm em suas instalações, todos os anos, o trânsito de mais de 163 mil caminhões, que movimentaram mais de 1,5 milhão de toneladas de produtos, materiais e matérias-primas.
E todo o esforço deu resultado. A Whirlpool foi uma das pioneiras do País no alcance desse objetivo em todas as suas fábricas. Com todos esses avanços, cerca de 793 toneladas (volume estimado com base no destinado a aterro em 2012) de resíduos deixaram de ser enviadas para aterros pela empresa entre 2012 e 2014.
A geração de resíduos perigosos para aterro da operação da Whirlpool foi reduzida em 72,7% entre 2012 e 2014 e a de resíduos não perigosos para aterro em 52,3% no mesmo período.
A seguir são apresentados os volumes de materiais usados, de resíduos gerados e suas destinações.
Principais materiais consumidos na operação | 2013 (ton) | Provenientes de reciclagem (%) | 2014 (ton) | Provenientes de reciclagem (%) |
---|---|---|---|---|
Plásticos* | 56.187 | 4,14 | 47.195 | 3,8 |
Papéis | 44.921 | - | 44.723 | - |
Metais | 0 | - | 73 | - |
Produtos químicos | 34.835 | - | 35.358 | - |
Cobre | 5.306 | - | 1.648 | - |
Alumínio | 7.674 | - | 10.220 | - |
Aço | 142.830 | - | 140.352 | - |
Total | 291.752 | 0,8 | 279.568 | 0,6 |
Destinação | Tipo de resíduo | Volume destinado (ton) | ||
---|---|---|---|---|
2012 | 2013 | 2014* | ||
Resíduos para aterro | Perigosos - Classe I | 44 | 35 | 12 |
Não perigosos - Classe II | 1.457 | 1.022 | 696 | |
Resíduos para coprocessamento | Perigosos - Classe I | 517 | 514 | 547 |
Não perigosos - Classe II | 48 | 139 | 308 | |
Reciclagem de resíduos | Perigosos - Classe I | 980 | 1.052 | 768 |
Não perigosos - Classe II | 611 | 3.613 | 5.957 | |
Sucatas | Não perigosos - Classe II | 31.852 | 29.043 | 26.045 |
Incineração | Perigosos - Classe I | 13 | 22 | 21 |
Não perigosos - Classe II | 323 | 313 | 284 | |
TOTAL | Perigosos - Classe I | 1.554 | 1.623 | 1.347 |
Não perigosos - Classe II | 34.292 | 34.130 | 33.291 |
O uso racional da água é um dos principais focos da gestão da Whirlpool para a sustentabilidade. Insumo essencial para a operação do negócio e, de maneira mais ampla e relevante, para a vida, a água têm foco de atenção da Companhia tanto do ponto de vista da eficiência do consumo em suas operações - nas fábricas e escritórios – como da conscientização e engajamento de seus públicos para redução de seu consumo próprio e ainda do desenvolvimento de produtos que promovam menor consumo de água em sua utilização.
As iniciativas desenvolvidas tiveram um importante resultado: a redução do consumo médio de água na Whirlpool em 2013 e 2014 em relação a 2012 foi de 9,3%, mesmo considerando o aumento de produção, o que equivale a 63.557 m³. Em todas as unidades, o consumo de água por produto produzido ficou dentro das metas fixadas para o ano.
Dada a grande dimensão da operação da Companhia, esse volume economizado representa o consumo diário de cerca de 382 mil pessoas*.
Além disso, a água proveniente de reúso entre 2013 e 2014 somou 428 mil m³, volume que deixou de ser retirado de fontes de abastecimento, o que equivale ao consumo diário de 2,6 milhões de habitantes.
* Segundo estimativa de consumo médio por habitantes no Brasil do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos 2013, publicado pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).Para alcançar esse resultado, foram implementados diversos projetos, que promoveram, por exemplo, a captação e uso da água de chuva, o tratamento e reúso de água tratada. Conheça a seguir as principais iniciativas desenvolvidas no período:
Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) do Centro de Tecnologia de Lavanderia em Rio Claro - a ETE promove, desde 2012, o tratamento e reúso da água proveniente dos mais de 300 postos de testes de produtos de lavanderia. Esse processo fez com que fosse possível reduzir em 60% o volume de água captada em poços artesianos, e deixou de descartar 3,96 milhões de litros/mês de efluentes – mais de 90% da carga, sendo que 2,6 milhões de litros, em valores estimados, são reutilizados nos testes de laboratório e 1,4 milhão em outras atividades, como sanitários e lavagem de piso.
Sistema de captação de água da chuva em Manaus - o sistema capta, em média, 30 m³ de água por semana, utilizada pela unidade e, assim, diminuindo a retirada de água do lençol freático. Em 2013 e 2014 foram captados 1.120 m³, o que equivale ao consumo diário de 18,7 mil habitantes.
Conscientização e economia em São Paulo
As iniciativas para a redução de consumo de água tiveram resultado expressivo no período e, em São Paulo, localidade em que o regime de chuvas e o risco de escassez do recurso foram mais críticos, a Whirlpool reduziu seu consumo em 48% entre 2013 e 2014, considerando a Unidade São Paulo e sua sede administratva. A meta para 2015 é reduzir mais 10% no consumo de água na região.
Em 2014, considerando o cenário desafiador de um regime de chuvas escasso que afetou o estado de São Paulo, a Whirlpool intensificou suas ações para promover a economia de água na cidade, localidade estratégica para o negócio por conter sua sede administrativa e uma unidade operacional.
Foi implantado um programa de gestão expressivo para redução do consumo, por meio de melhorias de infraestrutura e conscientização:
Adicionalmente às iniciativas que visam reduzir o consumo, como medida de gestão de crise, a Whirlpool promoveu ações para garantir o abastecimento alternativo de água nas regiões com risco de escassez por meio da contratação de caminhões-pipa em prazo e fluxo contínuo.
A Whirlpool promove o tratamento dos efluentes de suas operações antes de descartá-los nas redes de esgoto ou corpos hídricos, garantindo o atendimento à legislação ambiental e prevenindo a poluição.
A Whirlpool promove a gestão do consumo de energia, investindo na melhoria de processos para eficiência energética na operação e em novas tecnologias, para reduzir o consumo dos eletrodomésticos nas casas dos consumidores.
Mais de 90%* das emissões de CO2 no ciclo de vida dos produtos ocorrem durante a fase de uso, nas casas dos consumidores, devido ao consumo de energia elétrica. Por isso a importância do investimento em alternativas de produtos que tenham menor consumo de energia (e gás no caso de fogões).
* valor calculado com base em dados estimados.A Whirlpool participa de um programa social de distribuidoras de energia elétrica brasileiras que promove a substituição de eletrodomésticos antigos em comunidades carentes por outros novos e mais eficientes. Em 2013, a Whirlpool foi a fornecedora das distribuidoras de energia na troca de 87 mil refrigeradores, sendo que 16 mil foram fornecidos em troca do recolhimento dos equipamentos antigos que foram destinados à reciclagem. Conheça os resultados da iniciativa:
Um dos focos de atuação da Whirlpool entre 2013 e 2014, para potencializar as iniciativas de eficiência energética, foi a forte atuação no desenvolvimento do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), gerenciado pelo Inmetro. Junto à Eletros, associação do setor que tem um líder da Companhia como representante, a Whirlpool participou de diversas discussões sobre a evolução dos índices de eficiência energética para os principais produtos da linha branca, bem como na melhoria da regulamentação e políticas públicas do setor. O trabalho continua em 2015, buscando consolidar em regulamentação os acordos já realizados e garantir a previsibilidade das evoluções regulatórias.
O portfólio em produção contínua da Whirlpool continha 409 produtos registrados no INMETRO em 2013 e 534 produtos em 2014, com consumo de energia classificado de acordo com as classes de eficiência energética apresentadas a seguir, sendo A mais eficiente e E menos eficiente.
Para saber mais sobre as classes de eficiência energética e o Programa Brasileiro de Etiquetagem, acesse: http://www2.inmetro.gov.br/pbe/cartilha.php.
A melhoria de eficiência nos processos da Whirlpool tem o potencial de proporcionar ganhos expressivos na economia de energia, dada a grande dimensão das operações da Companhia.
Melhorias no consumo de energia por produto produzido vêm sendo alcançadas nas fábricas da Whirlpool desde o início do monitoramento e da intensificação da gestão desse aspecto, em 2000, por meio de projetos focados em novas tecnologias, troca de motores, troca de lâmpadas, otimização e inteligência de processos.
Entre 2012 e 2014, a redução obtida no consumo de energia total foi de 6,6% e a intensidade energética, volume de energia consumido relacionado ao faturamento alcançado, obteve melhoria de 23,4%.
Energia consumida por faturamento bruto em R$ no período.
A Whirlpool busca contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa e com a desaceleração das mudanças climáticas por elas causadas.
Um dos principais emissores de gases de feito estufa decorrentes da operação da Companhia é a atividade de fornecedores e prestadores de serviços, que historicamente representa 40% do total de emissões registradas no inventário da Whirlpool. O restante das emissões, diretamente relacionado ao negócio, são foco das iniciativas de melhoria de desempenho da Companhia.
Os principais esforços se dão na busca pela eficiência energética, já que as emissões geradas pela Whirlpool diretamente em suas operações estão em grande parte relacionadas ao uso de energia para movimentar máquinas e gerar calor e, as geradas indiretamente, relacionadas ao consumo de energia elétrica na fase de uso dos produtos.
Por isso, a Companhia busca continuamente promover a eficiência energética nos processos e produtos. Saiba mais sobre as iniciativas desenvolvidas no capítulo “Eficiência energética”.
A Whirlpool realiza anualmente seu inventário de emissões de gases de efeito estufa, de modo a acompanhar a evolução dos indicadores constantemente, como ferramenta de apoio à gestão do tema, e a dar transparência aos seus stakeholders. Para conhecer os inventários dos últimos anos, acesse goo.gl/evqeiS.
Reflexo de seus esforços contínuos em tornar as operações mais eficientes do ponto de vista de consumo de energia e, consequentemente, das emissões de gases de efeito estufa, a Whirlpool alcançou importantes reduções em 2013 e 2014 nas emissões Escopo 1.
Apesar do aumento do número de produtos produzidos ao longo dos anos, as emissões Escopo 1 por produto produzido – aquelas relacionadas diretamente à operação da Companhia - apresentaram redução de 34,8% entre 2012 e 2014, devido, principalmente, às iniciativas para redução do consumo de combustíveis fósseis.
Em relação ao Escopo 2 – que se refere à compra de eletricidade – houve aumento de 84% entre 2012 e 2013 e de 42% entre 2013 e 2014, devido, principalmente, ao acréscimo de 47% e 41% no fator de conversão, entre esses anos, determinado pelo governo com base na matriz energética brasileira, sobre a qual a Whirlpool não tem controle.
Adicionalmente, o inventário passou por ajuste, já que em 2012 não usou o fator de conversão kWh/CO2 correto para a Unidade Manaus, que fica no Sistema Isolado da Amazônia. Assim, com o uso do fator correto em 2013, as ton CO2eq provenientes do consumo de energia naquela unidade aumentaram.
As emissões Escopo 3 – aqueles relacionadas à cadeia de valor da Whirlpool - correspondem a 44,2% das emissões totais da Companhia ao final de 2014, e são originadas, em sua maioria, na distribuição dos produtos das fábricas e depósitos para os grandes varejistas. O indicador apresentou aumento de 13% entre 2012 e 2014, acarretado pelo crescimento no número de produtos distribuídos e pela ampliação da abrangência do escopo de emissões monitoradas no ano, que passou a incluir a medição da distância das operações de transferência de peças e produtos entre as unidades.
A Companhia trabalha, em um de seus focos estratégicos para a sustentabilidade, com o objetivo de reduzir o uso de substâncias restritas em suas operações. Para isso, avalia continuamente as matérias-primas utilizadas na fabricação dos produtos, buscando menor impacto socioambiental.
É importante destacar, que a Whirlpool está em compliance e atende a todas as regulamentações dos mercados em que atua, mas continua buscando melhoria constante com base na adesão a boas práticas internacionais sobre o tema, como por exemplo, o requisito “Conflict Minerals”, que são as exigências regulatórias norte-americanas, que, entre outros assuntos, restringem o uso de minerais extraídos de zonas de conflito do Congo, na África, onde há desrespeito aos direitos humanos.
Outro exemplo, ocorrido em 2012, foi a decisão do Ministério do Meio Ambiente de realizar o inventário nacional de utilização de novos poluentes orgânicos persistentes (POPs), em cumprimento à Convenção de Estocolmo de 2004. O Ministério também revisa continuamente as regras para o controle das importações de hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), conforme prevê o Protocolo de Montreal, de 1987.
Os HCFCs, utilizados em espumas de isolamento térmico de refrigeradores e circuitos de refrigeração de condicionadores de ar, não são produzidos no Brasil. Portanto, estão sujeitos à cotas de importação, que controlam seu uso e incentivam as empresas a buscarem novas alternativas e soluções.
A Whirlpool já usa em larga escala as substâncias alternativas, que foram escolhidas com critérios que permitem a redução dos impactos ambientais e também o aumento da eficiência energética dos produtos e operações. Uma das formas de monitorar e gerir a melhoria contínua dessas modificações se dá por meio do Sistema de Gestão Integrada (SGI), que promove auditorias internas e externas continuamente nas operações, com profissionais capacitados, para medir a eficiência dos processos e atividades sob o foco da ISO 9001 (Gestão da Qualidade), da ISO 14001 (Gestão Ambiental) e OHSAS 18001 (Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional).
No processo de desenvolvimento de produtos e inovação, por sua vez, o controle se dá com o uso da metodologia Design for Environment (DfE) e na cadeia de suprimentos pelo Sistema de Gestão Integrada para Fornecedores (SGIF).